domingo, 27 de junho de 2010

   
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A Inclusão escolar de Alunos Surdos no Ensino Infantil e Fundamental.

           
Partindo de uma análise crítica em relação ao texto utilizado, torna-se impossível não admitir que a educação ainda precisa de um entendimento maior relacionado à comunidade surda, para que consiga alcançar uma inclusão que integre este sujeito.
            Mas o que fazer para que estas práticas integrem este aluno? A pesquisa utilizada pelos autores aponta algumas setas para o caminho, que podem servir para indicar ou descartar alguns métodos utilizados.
            Os autores indicam através do texto que é necessário expor o surdo precocemente à língua de sinais e posteriormente a língua portuguesa, identidade primeira dos alunos ouvinte, comunidade onde o surdo será inserido.
            Partindo deste princípio é impossível não elencar a necessidade de um acompanhamento familiar, onde se consiga trabalhar a aceitação deste sujeito, de suas habilidades e suas limitações. Principalmente buscando fazer com que os familiares integrem o surdo em suas rotinas diárias, não o deixando de lado como visitante ou incapaz.
            Dentro das práticas de uma escola que se diz inclusiva, e que visa à integração deste aluno contemplando seus conhecimentos, e não transformando aquilo que a ele tem significado pode-se enumerar:
  1. Comunidade surda x características lingüísticas, sociais e culturais – Falamos de identidade, de algo que vem enraizado muitas vezes no indivíduo que chega a escola. Este aluno como todos os outros não vem vazio como uma tabula rasa, ele vem com suas realidades e seus conhecimentos. Como realizar o entendimento deste todo sem possuir o domínio pleno da Libras? Como realizar o desenvolvimento da zona proximal, permitindo que este aluno consiga assimilar e acomodar novas aprendizagens? O toque é imprescindível, a afetividade precisa em todos os momentos servir de resgate para formar vínculos com este sujeito.
  2. Domínio da libras x processos específicos de ensino aprendizagem – Mesmo que este professor tenha o domínio de libras é ainda necessário que consiga adaptar esta nova língua através da utilização da sala de recursos. Em uma turma excessivamente grande este trabalho torna-se quase impossível por toda a diversidade que nela existirá.
  3. Este aluno com certeza não conseguirá aprender, por este motivo também é necessário pensar em que turma ele pode ser integrado, e como realizar isto com a parceria da sala de recursos alcançando assim através de um trabalho mais individualizado uma aprendizagem com significado.
  4. Atuação professor x atuação intérprete – A primeira coisa a pensar é que eles precisam estar em sintonia perfeita, com confiança no trabalho um do outro, porém de qualquer forma ficam as perguntas: Com quem o aluno estabelecerá vínculo? Até que ponto e até quando é interessante que este intérprete permaneça em sala? Como fazer para que não aconteçam atividades paralelas? O professor estará realizando a práxis somente com os surdos, somente com os ouvintes ou com ambos?
  5. Apagamento ou negação da surdez x professor que usasse/aceitasse a libras – Se existe o desejo de uma integração por completo deste sujeito em atendimento escolar, é necessário à formação permanente de todos os envolvidos neste ambiente escolar. Não é possível pensar que a existência de um professor surdo e um intérprete irão integrar este sujeito que chega. Integrar significa permitir que todos possam conhecer esta linguagem, e para tanto é necessário que exista a motivarão, o desejo de todos envolvidos neste espaço de atendimento.
Para concluir é preciso que sejam apontados caminhos de resignificação no fazer pedagógico escolar, pois as experiências relatadas no texto demonstram ainda a necessidade de um trabalho mais comprometido e urgente.
Os planejamentos como PPP, Plano Anual, Plano de Estudos e Projeto de trabalho devem
estar buscando sempre meios de atender estes sujeitos contemplando suas necessidades, e elencando maneiras para isto.
      Uma gestão competente e comprometida com a inclusão/integração deverá buscar incansavelmente alternativas através de práticas motivadoras que reúnam surdos e ouvintes, respeitando sua condição lingüística e atuantes na perspectiva da aprendizagem da livras e língua portuguesa.
O fracasso escolar, fantasma que no primeiro momento amedronta, serve para uma ruptura necessária de um ensino muitas vezes primário que se nega a compreensão de que a inclusão não acontece na mesmice, e na mediocridade de um trabalho incapaz e que não constrói.
      Os personagens principais da educação são e sempre serão os sujeitos em atendimento, por este motivo parece importantíssimo que o trabalho continue através da formação de professores, bem como do trabalho realizado por professores/pesquisadores que emitam novas técnicas, jogos e possibilidades para que seja um ensino enriquecido e eficaz.
            Em contrapartida permanece a pergunta: Se existem tantas lutas para que as práticas sejam inclusivas por que as faculdades utilizam-se apenas de um semestre na construção deste conhecimento? Por que os gestores resistem tanto na implantação e na presença de um professor efetivo na sala de recursos?
            As leis existem e as propostas são encantadoras porém existe ainda um longo caminho para que este entendimento consiga obter frutos de uma aprendizagem sadia a toda diversidade existente.


Centro Universitário Metodista – Ipa
Curso: Pedagogia
Disciplina: Libras
 Profº André
Alunas: Dione Gauto e Gabriela Aço




sábado, 26 de junho de 2010

Plano de Aula

PLANO DE AULA
EDUCAÇÃO FISICA


Dados de Identificação:

Escola: Educação de Jovens e Adultos
Professor(a): Dione Gauto e Roseli Bek
Turma:       Série: 4ª  

Objetivo Geral: Favorecer a integração e a construção do conhecimento através do lúdico, utilizando-se do corpo em movimento, e tendo os jogos cooperativos como elemento chave para traçar indicadores que revelem o perfil da turma, bem como suas habilidades específicas, que poderão indicar alunos portadores de altas habilidades. 


Objetivo específico:
ü      Trabalhar a psicomotricidade envolvendo cérebro e músculos, permitindo a evolução no plano do pensamento e motricidade;
ü      Pontuar ritmo, lateralidade, equilíbrio e unidade, observando a inteligência corporal-cinestésica;
ü      Realizar atividades que envolvam rapidez escuta, seqüência e raciocínio estabelecendo o conhecimento de seu próprio corpo e do que ele permite.

Método:
O método utilizado acontecerá a partir do lúdico, onde o jogo é transformado em instrumento pedagógico; um meio de ensino onde o prazer faz com que seus participantes explorem seu corpo e suas atitudes e atitudes dos que com eles jogam.
Aspectos essenciais para a formação humana serão levados em conta em cada atividade, através da escuta, do falar, do desenvolvimento e do aprendizado dirigido.
            Não provocar a exclusão é um ponto chave nos jogos cooperativos, despertar valores que não marginalizem o colega em suas características corporais e habilidades motoras é o mesmo que permitir que a diversidade de situações não possa encontrar lugar maior do que o prazer de brincar e aprender.
            O método utilizado também levará em conta a percepção de cada jogador, em suas estratégias, ou seja, maneiras de dar solução a tarefa que deverá realizar, contemplando as inteligências múltiplas.

Recursos: Duas bolas, 04 bambolês, uma corda, um aparelho de CD.


ORGANIZAÇÃO PROGRAMÁTICA DO TEMPO DE AULA

Tempo de aula: 45min.

Parte Inicial: 10 min.

Rodinha Social: apresentação das atividades, combinações gerais sobre, comportamento esperado da turma e motivação.

Aquecimento: Exercícios de reconhecimento do corpo através de movimentos rotativos e de uma pequena corrida em volta do campo.


Parte Principal: 30 min. – Trilha do despertar

            Atividades: Circuitos

Parte Final: 05 min.

Atividade: de volta à calma – Relaxamento – Dança da vida

Rodinha Social: Questões relativas ao comportamento e grau de satisfação das atividades      realizadas por parte dos alunos.

1ªTarefa: Jogo de Imaginação – Inventar uma história com estes personagens: um cachorro, um gato, uma formiga e um cavalo.
Tempo máximo: 05 minutos

Objetivo desta tarefa: Dentro das inteligências múltiplas exercitar a inteligência lingüística possibilitando aos sujeitos envolvidos a tarefa prazerosa de um jogo criativo onde o vocabulário será ampliado desenvolvendo a sensibilidade através da fluência verbal.

Jogo cooperativo todo o grupo ajuda a construir a história e combinam como contar.

2ª Tarefa:
O grupo se divide em duplas; as duplas permanecem distantes uma das outras, sendo que cada dupla deverá se colocar um na frente do outro com espaço de 10 passos cada um. Ao comando do facilitador, ao soar o apito o jogo inicia. A tarefa consiste em jogar a bola ao colega da dupla com a mão direita por cima e logo depois com a mão esquerda por baixo, quando os dois tiverem feito o exercício será passada a bola para a dupla ao lado, repetindo o exercício. Ganha os pontos a equipe que terminar primeiro sem esquecer as combinações do jogo. O jogo acontecerá em silêncio, sem comando de voz.

Objetivo: Trabalhando a psicomotricidade, ou seja o corpo em movimento. Envolvendo cérebro e músculos fazendo com que o indivíduo evolua no plano do pensamento e da motricidade.

3ª Tarefa:
No primeiro momento os dois grupos serão convidados a ouvir uma música, e depois deverão utilizar-se dela para preparar uma coreografia onde todos serão contemplados com os mesmos passos.

Objetivo: Trabalhar ritmo, lateralidade, equilíbrio e unidade. Dentro das altas habilidades observar os indivíduos buscando diagnosticar habilidades especiais na apreciação e ritmo em relação a inteligência  corporal-cinestésica.

4ª Tarefa:
Cada grupo receberá um envelope contendo o mesmo número de peças de um quebra cabeças. Junto com as peças o grupo visualizará por algum tempo nas mãos do facilitador a figura que precisa ser montada.
O grupo que terminar primeiro ganhará os pontos.
Objetivo: Trabalhar a capacidade de orientação no mundo físico através da inteligência espacial.

5ª Tarefa
Os dois grupos receberão a tarefa de dar continuidade a história que será contada, oferecendo uma resolução ao problema apresentado. Nesta tarefa os dois grupos terão o mesmo número de pontos a ser estabelecido pelo facilitador por terem se envolvido para resolução de um problema.
Objetivo: Trabalhar a inteligência interpessoal, de olhar o outro e buscar resolução de problemas que podem surgir. Exercitar e pontuar lideranças no pequeno grupo.
Obs: A história problema será desenvolvida no momento da tarefa pela facilitadora.

6ª Tarefa:
Os grupos deverão realizar as atividades conforme a ordem estabelecida pelo facilitador, prestando atenção ao número de exercícios que deverão ser realizados.
1.     Exercício com corda: enquanto a corda estiver suspensa quatro componentes do grupo deverão passar correndo sem que a corda toque neles;
2.     Exercício com a bola: formando um zique-zague corporal a bola deverá ser passada rapidamente (tanto quanto o grupo conseguir, respeitando o limite de cada um), sem deixar que a bola caia,  se cair deverá iniciar novamente esta tarefa até conseguir;
3.     Todo grupo deverá fazer o caminho dos bambolês pulando com as duas pernas como canguru;
4.     Retornando a corda, desta vez pulando,  três componentes do grupo deverão exercitar-se contando 10 pulos sem parar, sendo que pecisará retornar o grupo que bater na corda.

Objetivo: Realizar atividades para desenvolver a coordenação motora grossa.



 Referências Bibliográficas:
MARQUES, Marcelo. Os Jogos Cooperativos como um caminho para a Educação Física Escolar e o desenvolvimento Psicossocial.
FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro. Teorias e Fazeres na Escola em Mudança. Ed. UFRGS. 2005.
BRASIL, Secretaria de Educação Especial. Area de Altas Habilidades. Brasília.MEC/SEESP, 1995. 
VALLA, Victor Vincent. Construindo a resposta à proposta de Educação e saúde. 


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Educação x Afetividade

Disciplina: Educação e Saúde
Projeto de educação e Saúde
Profª. Nara Borges
PROJETO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE


Turmas envolvidas: 1ª a 4ª série – Eja – Educação de Jovens e Adultos
Período de duração: Agosto a dezembro/2010

Título do Projeto: “Afetividade nas Relações Sociais”

I – Justificativa:
            A Educação de Jovens e Adultos – Eja contempla em sua faixa etária alunos a partir de 18 anos, em situação de vulnerabilidade, que sem generalizar possuem uma visão histórica predominante de uma herança da cultura brasileira que permanece imprimida em nossa sociedade. Nela o estereótipo de sujeira, falta de moradia, e desconforto mental estão associados à classe baixa, como bagagem existencial.
            Os grupos hegemônicos continuam a existir e a muitas vezes “gerenciar” atitudes desiguais, “oportunizando”, por exemplo, campanhas de vacinação visando não permitir o avanço de epidemias, através do povo pobre e muitas vezes sem instrução.
            A relação interpessoal professor-aluno dentro de um processo de aprendizagem, é fato determinante dentro desta identidade jovializada mesclada com sujeitos adultos e da terceira idade, que caracterizam, ou melhor, dizendo demonstram a estampa atual da Educação e Jovens e Adultos.
            É importante o questionamento pessoal dos docentes e gestão em relação a seus planejamentos, investigando a situação de cada discente principalmente quanto às motivações que fizeram com que retornasse a vida escolar, qual seu contexto, suas dificuldades, suas características próprias, seus conhecimentos, suas emoções.
            O desafio deste projeto diante do professor é o de buscar meios para enxergar seu aluno em sua totalidade e concretude, na busca do elevar sua auto-estima através da satisfação de suas necessidades na área afetiva no conjunto de suas relações sociais dentro do meio de sua convivência.
            Entende-se ainda que quando a área afetiva é beneficiada, as áreas cognitivas e motivas alcançam paralelamente seus objetivos, visando diminuir as dificuldades de aprendizagem através do encorajamento e do conhecimento de todos, favorecendo o ambiente de perguntas e respostas, tornando o professor um facilitador.
        
O meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá corresponder as suas necessidades e as suas aptidões sensório-motoras e, depois psicomotoras... Não é menor verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas necessidades e novos recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pela circunstância de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal... Os meios em que vive a criança e aqueles com que ela sonha constituem a “forma” em que amolda sua pessoa. Não se trata de uma marca aceita passivamente.  (Wallon, 1975, pp. 164, 165, 167)
           
            Wallon, através da teoria da afetividade afirma que os diversos meios em que à sociedade insere o indivíduo são capazes de atuar em sua transformação pessoal, refletindo-se entre rupturas e retrocessos, favorecendo o desenvolvimento entre o afetivo e o cognitivo através da convivência com o outro no estabelecimento de preceitos e princípios.
            Trabalhar a afetividade dentro do contexto de Educação e saúde é permitir que o construto até então conhecido de que saúde é somente ausência de doença, tenha uma desconstrução permitindo que áreas como a emoção, sentimento e paixão, possam estabelecer-se como necessárias ao processo determinante de ensino aprendizagem.
            Conforme Vasconcelos, no texto “Surgimento, crise e redefinição da educação popular, “a educação e saúde é o campo de prática e conhecimento do setor saúde que tem se ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar e fazer cotidiano da população”“. Portanto nada melhor do que dentro da escola e a partir dela proporcionar o surgimento de um caminhar consciente estabelecendo laços necessários para um entendimento capaz de mudança a partir do âmbito escolar estendendo-se a sociedade.
            Mas afinal o que é a promoção da saúde? Através do texto de Virginia Schal, “Educação e saúde: Novas Perspectivas”, a autora relata que é o processo de capacitação da comunidade, visando atingir uma qualidade de vida, através de seu maior controle e sua participação.
            Dentro desta perspectiva o projeto “Afetividade nas relações pessoais” visa o conhecimento do eu e do outro, dentro das etapas diversas que constituem a Educação de Jovens e Adultos, buscando atingir o papel da afetividade dentro de seus diferentes estágios.
            A justificativa deste projeto em relação ao meio onde será aplicado vem ao encontro à necessidade do crescimento do auto-cuidado alicerçado ao auto-conhecimento, que envolve o sujeito num todo, ou seja, corpo mente emoções, que se unem as relações sociais do indivíduo.
           
II – OBJETIVO GERAL:
            Restabelecer a auto-estima através do auto-conhecimento e auto-cuidado, buscando o equilíbrio do sujeito fortalecendo a afetividade em seus relacionamentos pessoais.

III OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
ü      Oportunizar o conhecimento do conceito amplo de saúde;
ü      Trabalhar os diferentes estágios e o papel da afetividade como capacidade e disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo/interno, através de sensações agradáveis e desagradáveis;
ü      Estabelecer perguntas como: Quem sou eu? Quais são meus valores/? Quem serei no futuro? Confrontando com outras definições de valores pertinentes a faixa etária como: Eu sei quem sou e o que esperam de mim.
ü       Vivenciar as experiências de cada um dentro de seu contexto histórico relativados ao meio de seu convívio;
ü      Oportunizar momentos de descontração através da música e expressão corporal.

IV – METODOLOGIA:
            A ações utilizadas serão oportunizadas de uma forma dinâmica, através de textos, palestras e jogos, permitindo que a abordagem pedagógica possa tomar uma postura construtiva a partir dos saberes de cada um.
            As técnicas utilizadas primeiramente irão partir do conhecimento do corpo utilizando-se da música e da dança como veículos de aproximação e desprendimento, facilitando assim o desenvolvimento social.
            As atividades desenvolvidas conforme o cronograma estabelecido buscarão alcançar os objetivos geral e específico através de ações diversificadas, que produzam alegria e o desejo do conhecimento do eu e do outro.
            Para alcançar os objetivos traçados o planejamento deverá partir dos conhecimentos do sujeito, que servirão como base para as desconstruções que também serão necessárias. Será preciso desacomodar de situações vivenciadas para que a metodologia encontre lugar privilegiado, estabelecendo novas funções para o indivíduo participante e cuidador de suas fragilidades sociais.

VI – REDES DE APOIO:
ü      SOE;
ü      SOP;
ü      Serviço social;
ü      Psicologia:
ü      Professores;
ü      Pastoral;
ü      Hospitais;
ü      Postos de saúde;
ü      Família.

VII – CRONOGRAMA
             
           
Mês
Atividades desenvolvidas
Avaliação
Agosto
Durante este mês as atividades desenvolvidas estabelecerão parcerias para o conhecimento e aceitação do corpo que temos, e perspectivas do corpo que queremos, buscando auxílio através de dinâmicas que envolvam o alongamento e a dança.
A princípio acontecerá através da participação individual, no pequeno e grande grupo, na busca do “romper com o pensamento empático, segundo Rogers”.
Setembro
Permitir que os sujeitos conheçam os estágios e o papel da afetividade dentro do desenvolvimento do caráter do ser humano, relativados ao meio. Trazer um pouco da biografia de wallon, seus conceitos e sua biografia.
Partir do que se conhece dentro da bagagem existencial de cada um, buscar através da zona de desenvolvimento proximal alargar estes conhecimentos baseados nos estudos de Wallon.
Outubro      
Relacionar e produzir através destas relações, através de várias rodas de conversa e de violão  as influências que este meio produziu dentro da afetividade de cada um, e nas relações pessoais.
Dentro do modo de ser e de agir do sujeito que estabelecerá sua percepção maior dentro da afetividade.
Novembro
Através das perguntas estabelecidas dentro dos objetivos específicos realizar um painel de crescimento de afetividades que poderá ser anexado e apresentado na biblioteca da escola e/ou sala de recursos, relacionando com as práticas de saúde e seus benefícios em relação à afetividade.
Através da pedagogia da presença onde o facilitador deverá problematizar situações envolvendo a todos, visando à sintonia na afetividade pessoal e coletiva.


VIII – AVALIAÇÃO:
            O projeto “Afetividade nas relações sociais”, adotando uma concepção interacionista avaliará individualmente os sujeitos através de estudos paralelos onde o facilitador/mediador poderá exercer também o papel de problematizador diante das situações provocadas e estabelecidas pelo grupo.
            Os avanços, desempenhos e investigações do sujeito serão avaliados de forma sistemática, e considerados elementos propulsores que promovem o crescimento na construção de novos conhecimentos de si e do outro, libertando-o assim para uma vida dinâmica entre as relações sociais.
             
VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

VASCONCELOS, Eymard Mourão. Caderno de Educação. Surgimento, crise e redefinição da educação popular em saúde.

SCHALL, Virgínia T. Educação em saúde: novas perspectivas.

VALLA, Victor Vincent. Construindo a resposta à proposta de educação e saúde.
Wallon, H. (1941-1995). A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70.
______ (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa.

Wallon, H. (1941-1995). A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70.
______ (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa.
 http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752005000100002
27/05 14:11

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. As setas do caminho. Ed. Mediação. Porto Alegre. 2001.


            

Educação x Afetividade


Disciplina: Educação e Saúde
Projeto de educação e Saúde
Profª. Nara Borges
PROJETO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE


Turmas envolvidas: 1ª a 4ª série – Eja – Educação de Jovens e Adultos
Período de duração: Agosto a dezembro/2010

Título do Projeto: “Afetividade nas Relações Sociais”

I – Justificativa:
            A Educação de Jovens e Adultos – Eja contempla em sua faixa etária alunos a partir de 18 anos, em situação de vulnerabilidade, que sem generalizar possuem uma visão histórica predominante de uma herança da cultura brasileira que permanece imprimida em nossa sociedade. Nela o estereótipo de sujeira, falta de moradia, e desconforto mental estão associados à classe baixa, como bagagem existencial.
            Os grupos hegemônicos continuam a existir e a muitas vezes “gerenciar” atitudes desiguais, “oportunizando”, por exemplo, campanhas de vacinação visando não permitir o avanço de epidemias, através do povo pobre e muitas vezes sem instrução.
            A relação interpessoal professor-aluno dentro de um processo de aprendizagem, é fato determinante dentro desta identidade jovializada mesclada com sujeitos adultos e da terceira idade, que caracterizam, ou melhor, dizendo demonstram a estampa atual da Educação e Jovens e Adultos.
            É importante o questionamento pessoal dos docentes e gestão em relação a seus planejamentos, investigando a situação de cada discente principalmente quanto às motivações que fizeram com que retornasse a vida escolar, qual seu contexto, suas dificuldades, suas características próprias, seus conhecimentos, suas emoções.
            O desafio deste projeto diante do professor é o de buscar meios para enxergar seu aluno em sua totalidade e concretude, na busca do elevar sua auto-estima através da satisfação de suas necessidades na área afetiva no conjunto de suas relações sociais dentro do meio de sua convivência.
            Entende-se ainda que quando a área afetiva é beneficiada, as áreas cognitivas e motivas alcançam paralelamente seus objetivos, visando diminuir as dificuldades de aprendizagem através do encorajamento e do conhecimento de todos, favorecendo o ambiente de perguntas e respostas, tornando o professor um facilitador.
        
O meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá corresponder as suas necessidades e as suas aptidões sensório-motoras e, depois psicomotoras... Não é menor verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas necessidades e novos recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pela circunstância de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal... Os meios em que vive a criança e aqueles com que ela sonha constituem a “forma” em que amolda sua pessoa. Não se trata de uma marca aceita passivamente.  (Wallon, 1975, pp. 164, 165, 167)
           
            Wallon, através da teoria da afetividade afirma que os diversos meios em que à sociedade insere o indivíduo são capazes de atuar em sua transformação pessoal, refletindo-se entre rupturas e retrocessos, favorecendo o desenvolvimento entre o afetivo e o cognitivo através da convivência com o outro no estabelecimento de preceitos e princípios.
            Trabalhar a afetividade dentro do contexto de Educação e saúde é permitir que o construto até então conhecido de que saúde é somente ausência de doença, tenha uma desconstrução permitindo que áreas como a emoção, sentimento e paixão, possam estabelecer-se como necessárias ao processo determinante de ensino aprendizagem.
            Conforme Vasconcelos, no texto “Surgimento, crise e redefinição da educação popular, “a educação e saúde é o campo de prática e conhecimento do setor saúde que tem se ocupado mais diretamente com a criação de vínculos entre a ação médica e o pensar e fazer cotidiano da população”“. Portanto nada melhor do que dentro da escola e a partir dela proporcionar o surgimento de um caminhar consciente estabelecendo laços necessários para um entendimento capaz de mudança a partir do âmbito escolar estendendo-se a sociedade.
            Mas afinal o que é a promoção da saúde? Através do texto de Virginia Schal, “Educação e saúde: Novas Perspectivas”, a autora relata que é o processo de capacitação da comunidade, visando atingir uma qualidade de vida, através de seu maior controle e sua participação.
            Dentro desta perspectiva o projeto “Afetividade nas relações pessoais” visa o conhecimento do eu e do outro, dentro das etapas diversas que constituem a Educação de Jovens e Adultos, buscando atingir o papel da afetividade dentro de seus diferentes estágios.
            A justificativa deste projeto em relação ao meio onde será aplicado vem ao encontro à necessidade do crescimento do auto-cuidado alicerçado ao auto-conhecimento, que envolve o sujeito num todo, ou seja, corpo mente emoções, que se unem as relações sociais do indivíduo.
           
II – OBJETIVO GERAL:
            Restabelecer a auto-estima através do auto-conhecimento e auto-cuidado, buscando o equilíbrio do sujeito fortalecendo a afetividade em seus relacionamentos pessoais.

III OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
ü      Oportunizar o conhecimento do conceito amplo de saúde;
ü      Trabalhar os diferentes estágios e o papel da afetividade como capacidade e disposição do ser humano de ser afetado pelo mundo externo/interno, através de sensações agradáveis e desagradáveis;
ü      Estabelecer perguntas como: Quem sou eu? Quais são meus valores/? Quem serei no futuro? Confrontando com outras definições de valores pertinentes a faixa etária como: Eu sei quem sou e o que esperam de mim.
ü       Vivenciar as experiências de cada um dentro de seu contexto histórico relativados ao meio de seu convívio;
ü      Oportunizar momentos de descontração através da música e expressão corporal.

IV – METODOLOGIA:
            A ações utilizadas serão oportunizadas de uma forma dinâmica, através de textos, palestras e jogos, permitindo que a abordagem pedagógica possa tomar uma postura construtiva a partir dos saberes de cada um.
            As técnicas utilizadas primeiramente irão partir do conhecimento do corpo utilizando-se da música e da dança como veículos de aproximação e desprendimento, facilitando assim o desenvolvimento social.
            As atividades desenvolvidas conforme o cronograma estabelecido buscarão alcançar os objetivos geral e específico através de ações diversificadas, que produzam alegria e o desejo do conhecimento do eu e do outro.
            Para alcançar os objetivos traçados o planejamento deverá partir dos conhecimentos do sujeito, que servirão como base para as desconstruções que também serão necessárias. Será preciso desacomodar de situações vivenciadas para que a metodologia encontre lugar privilegiado, estabelecendo novas funções para o indivíduo participante e cuidador de suas fragilidades sociais.

VI – REDES DE APOIO:
ü      SOE;
ü      SOP;
ü      Serviço social;
ü      Psicologia:
ü      Professores;
ü      Pastoral;
ü      Hospitais;
ü      Postos de saúde;
ü      Família.

VII – CRONOGRAMA
             
           
Mês
Atividades desenvolvidas
Avaliação
Agosto
Durante este mês as atividades desenvolvidas estabelecerão parcerias para o conhecimento e aceitação do corpo que temos, e perspectivas do corpo que queremos, buscando auxílio através de dinâmicas que envolvam o alongamento e a dança.
A princípio acontecerá através da participação individual, no pequeno e grande grupo, na busca do “romper com o pensamento empático, segundo Rogers”.
Setembro
Permitir que os sujeitos conheçam os estágios e o papel da afetividade dentro do desenvolvimento do caráter do ser humano, relativados ao meio. Trazer um pouco da biografia de wallon, seus conceitos e sua biografia.
Partir do que se conhece dentro da bagagem existencial de cada um, buscar através da zona de desenvolvimento proximal alargar estes conhecimentos baseados nos estudos de Wallon.
Outubro      
Relacionar e produzir através destas relações, através de várias rodas de conversa e de violão  as influências que este meio produziu dentro da afetividade de cada um, e nas relações pessoais.
Dentro do modo de ser e de agir do sujeito que estabelecerá sua percepção maior dentro da afetividade.
Novembro
Através das perguntas estabelecidas dentro dos objetivos específicos realizar um painel de crescimento de afetividades que poderá ser anexado e apresentado na biblioteca da escola e/ou sala de recursos, relacionando com as práticas de saúde e seus benefícios em relação à afetividade.
Através da pedagogia da presença onde o facilitador deverá problematizar situações envolvendo a todos, visando à sintonia na afetividade pessoal e coletiva.


VIII – AVALIAÇÃO:
            O projeto “Afetividade nas relações sociais”, adotando uma concepção interacionista avaliará individualmente os sujeitos através de estudos paralelos onde o facilitador/mediador poderá exercer também o papel de problematizador diante das situações provocadas e estabelecidas pelo grupo.
            Os avanços, desempenhos e investigações do sujeito serão avaliados de forma sistemática, e considerados elementos propulsores que promovem o crescimento na construção de novos conhecimentos de si e do outro, libertando-o assim para uma vida dinâmica entre as relações sociais.
             
VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

VASCONCELOS, Eymard Mourão. Caderno de Educação. Surgimento, crise e redefinição da educação popular em saúde.

SCHALL, Virgínia T. Educação em saúde: novas perspectivas.

VALLA, Victor Vincent. Construindo a resposta à proposta de educação e saúde.
Wallon, H. (1941-1995). A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70.
______ (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa.

Wallon, H. (1941-1995). A evolução psicológica da criança. Lisboa, Edições 70.
______ (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa.
 http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752005000100002
27/05 14:11

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. As setas do caminho. Ed. Mediação. Porto Alegre. 2001.