segunda-feira, 17 de maio de 2010

Jogos Cooperativos X Instrumento Pedagógico

MARQUES, Marcelo. Os jogos cooperativos como um caminho para a Educação Física Escolar e o Desenvolvimento Psicossocial.

         A leitura deste texto esclarece pontos importantíssimos em relação aos jogos, suas utilidades e seu caminhar histórico. O jogo na maioria das vezes é visto por crianças, adolescentes e adultos como uma forma de vencer. Antes mesmo de iniciá-lo todos buscam por estratégias que possibilitem maneiras de rapidamente fazer com que o outro perca.
         Na realidade dentro da linha do tempo dos primeiros jogos podemos perceber que a probabilidade matemática foi muito utilizada nas estratégias de jogos com este objetivo de raciocínio rápido para a diversão através do “vencer”.
 É indiscutível também perceber o quanto o ímpeto por ganhar como objetivo principal reforçou a agressividade e a violência, pontos que são muito presentes em quase todas as escolas sejam elas municipais estaduais ou da rede privada.
         Visualizando os ambientes de convivência social o que se pode relatar é que as relações interpessoais estão cada vez mais tensas. São exemplos constantes através dos meios de comunicação conforme o texto, os estágios de futebol e o trânsito. A sociedade vive estressada e envolvida com muitas coisas e talvez este seja um dos motivos que eleva o grau de desconforto causado através da falta de educação e respeito.
         Os jogos cooperativos surgem como um forte apelo de mudança, que é tão necessária quanto à revolução das práticas pedagógicas como um todo.
         Vive-se a era da inclusão através das “palavras bonitas e bem estabelecidas”, porém até mesmo nas expressões mais fortes do corpo, ou seja, o jogo nota-se a presença da exclusão.
 É necessário que técnicas renovadoras e entusiasmantes possam vir a transbordar em nossas salas de aula. Para tanto é necessário primeiramente que o “jogo” como instrumento pedagógico deixe de ser um “mero passatempo” e transforme-se em um perfeito aliado na construção de aprendizagens.
         O olhar do pedagogo deve deter-se primeiramente nas sensações e emoções de cada sujeito, pois o jogo pode também adquirir a perspectiva de um regulador emocional, auxiliando no processo de maturação.
         Que rico este olhar que sabe contemplar nele a produção de normas, valores, atitudes e compartilhar saberes específicos diante dos conteúdos atingidos em sala de aula.
         A competição cede lugar à cooperação, desde que o facilitador saiba realizar as intervenções necessárias, valorizando o momento explorado através das vivências de cada um.
         O pedagogo deve contribuir para que a ludicidade do jogo extrapole suas metas, visualizando o indivíduo em seu contexto integral, ou seja, com metas pré estabelecidas do conhecimento do seu corpo e do corpo do outro. 

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